OPERATIC EXCERPTS

Quanzhou Marionette Troupe (CHN)



MUSEU DO ORIENTE
21, 22 e 23 de Maio às 21h30

DURAÇÃO
45 minutos

TÉCNICA
Marionetas de fios

PÚBLICO-ALVO
Maiores de 7 anos

IDIOMA
Sem Palavras

DIRECTOR ARTÍSTICO
Wang Jingxian MARIONETISTAS Zeng Guoheng, Shen Suge, Wei Shaocong, Xu Runming, Wu Weihong, Lin Congpeng, Fu Duanfeng, Li Xiaohui, Huang Wenjun e Chen Luanzhi MÚSICOS Chen Zhijie, Lin Jianyu, Huang Dasheng, Xu Ziming, Lin Jiacai, Zeng Kaiyu e Wu Jilian

Quanzhou Marionette Troupe, composta por cerca de sessenta elementos, é considerada uma das maiores e melhores companhias de marionetas de fios do mundo, pela riqueza da sua tradição, manipulação e beleza das suas marionetas. Mergulhada em 2 mil anos de história da marioneta viaja a Lisboa para nos revelar o seu teatro mágico.

O teatro de marionetas de Quanzhou, um dos maiores expoentes da arte das marionetas na China, foi agraciado com o título National Intangible Cultural Heritage. O grupo foi criado em 1952 na cidade de Quanzhou, em Fujian, província do sudeste da China. Já fez mais de oitenta digressões, tendo actuado nos cinco continentes e em mais de quarenta países. Foi considerado pelo Ministério da Cultura chinês como Cultural Spearheading Group. Tem recebido inúmeros prémios pelas suas produções. Actualmente é a única companhia profissional de marionetas de fios tradicionais com o estilo de Quanzhou, o que a torna ainda mais preciosa e rara. A técnica de escultura e pintura das suas marionetas é única, mantendo a elegância e o encanto das dinastias Tang (618-907) e Song (960-1279).

As marionetas de fios de Quanzhou têm um repertório de cerca de setecentas peças e de trezentas canções e melodias de música tradicional para marionetas. O grupo é o orgulhoso detentor de um conjunto de práticas performativas, repertório, antigos instrumentos e de uma música específica para marionetas de fios, Ka-lé, centenas de anos de uma herança cultural que a tornam um legado cultural único.

Pela primeira vez em Portugal estarão 10 actores-manipuladores e oito músicos de instrumentos tradicionais chineses, para nos revelarem os segredos desta arte ancestral.
O marionetista deve saber cantar, dançar e mover-se de forma sincronizada com a sua personagem, o que requer uma longa prática e formação profissional. Começam muitas vezes a sua aprendizagem em crianças, precisando geralmente de cinco anos para aprender os conceitos básicos, e cerca de vinte anos para completar o seu ensino e saber manipular mais de trinta fios.

As marionetas de Quanzhou são verdadeiras obras de arte e possuem grande complexidade. Têm tronco, braços, pernas e uma cabeça (geralmente construída em madeira de cânfora ou de salgueiro) com mecanismos internos. Podem mover os olhos e a boca, segurar canetas, copos, abanar leques ou ainda brandir espadas, lanças e outras armas. As marionetas fazem amor e guerra, discutem e lutam, dançam, correm e fazem piruetas. Autênticos retratos de homens e mulheres de todas as idades e profissões, mas também de espíritos ou animais selvagens.

Têm geralmente entre catorze a trinta e seis fios presos a um “controle”, mas manipulados individualmente com os dedos, como os fios de uma harpa. Algumas das marionetas mais complexas têm mais de cinquenta fios, sendo necessários dois manipuladores em simultâneo. O marionetista deve colocar em funcionamento todos os músculos das suas mãos, pois os dez dedos controlam cerca de vinte ou trinta fios. As marionetas de fios são as mais sofisticadas de todas as marionetas chinesas, no que se refere aos seus mecanismos.

De uma beleza estonteante, a perfeição de uma arte milenar de manipulação de excelência!

The Quanzhou Marionette Troupe China was founded in 1952, and is a major exponent of marionette theatre in the Quanzhou tradition, which has been named a national intangible cultural heritage. It has a stock repertory of over seven hundred plays and over three hundred set tunes and melodies for the traditional puppet music. It is also the proud owner of a unique set of staging routines, performing practices and ancient instruments that make up a legacy rarely found elsewhere. The Troupe has given more than eighty tours, having performed in all five continents and forty countries and regions. The Troupe was awarded the accolade as a Cultural Spearheading Group by the Ministry of Culture in China. The troupe's objective has always been to spread the art of traditional string puppetry. They have developed the ancient art of puppetry by making revolutionary changes and creations. There are 60 members in the troupe. From puppet modelling, image making, string arranging and controlling, stage formatting to program themes, forms as well as contents, the troupe has put great effort to enrich the shows' communicative power and also to improve their own performative techniques.

HOUDINI'S SUITCASE

Pickled Image (UK)



TEATRO MARIA MATOS
23 e 24 de Maio às 22h

DURAÇÃO
55 minutos
TÉCNICA
Mista
PÚBLICO-ALVO
Maiores de 12 anos
IDIOMA
Inglês


CONCEITO, CENOGRAFIA, CONSTRUÇÃO DE MARIONETAS E ACTORES-MANIPULADORE
S
Victoria Andrews e Dik Downey ENCENAÇÃO Emma Lloyd MECANISMOS DAS MARIONETAS Marc Parrett FIGURINOS Maja Nygren e Ragnhild Lie SET DE MAGIA Max Humphries COMPOSITOR E DESENHO DE SOM Simon Preston DESENHO DE LUZ Marianne Thallaug Wedset TÉCNICO E DESIGN Onela Keal

Houdini’s Suitcase é o último espectáculo da companhia aclamada internacionalmente Pickled Image. Criado na Primavera de 2006 nas profundezas do Norte da Noruega, é um espectáculo de teatro visual, com uma atmosfera e uma banda sonora muito especiais.

Rodeado pela sua bagagem, numa estação de comboios deserta, um velho homem espera e lembra-se dos tempos antigos. Ele é Joska Maloth, que outrora foi aprendiz do grande Houdini. O tempo anda devagar quando se espera que algo importante aconteça, mas tudo o que se pode fazer é recordar. Memórias, tristezas e triunfos. As suas malas e caixas contêm o seu passado. Abre uma por uma e o cheiro a naftalina invade o ar. As suas recordações revelam um macabro carnaval de estranhas, mas bonitas personagens, que aparecem para nos contarem a sua história – uma história de amor, perda, envelhecimento, infância, noites do circo e a lama das trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Com um elenco de figuras singulares, máscaras e teatro de marionetas, Houdini´s Suitcase é um espectáculo comovente, nostálgico, pungente e cheio de um humor maravilhoso.

A companhia Pickled Image foi formada em 2000 por Dik Downey e Vicky Andrew. O grupo tem estado imerso no mundo das marionetas, seja quando actua em teatros com os seus imaginativos espectáculos, ou na rua, deliciando audiências com o seu sucesso internacional Bernards Puppet Bonanza, que esteve no FIMFA Lx5. Os Pickled Image têm inspirado e educado todos os que têm um interesse especial por marionetas.

Vindo da companhia Green Ginger, Dik Downey tem um incontestável talento de actor e marionetista. A nostalgia de uma época passada, que leva o espectador pelas recordações de um velho ilusionista no meio das suas malas de viagens. Reencontros, amores impossíveis e grandes momentos de espectáculos... Marionetas e objectos são utilizados para permitir as evocações ternas e divertidas. A manipuladora que também constrói as marionetas, dá-lhes vida com extrema habilidade... o essencial deste espectáculo deve procurar-se na sensibilidade que liberta. A memória é frágil e insistente: ressoa como uma pequena música em cada espectador... para nos surpreender onde não esperamos... - Lucile Bodson, Directora do Institut International de la Marionnette, Charleville-Mézières

Houdini’s Suitcase is the latest show from acclaimed international puppet company Pickled Image. Created in the spring 06 in the depths of north Norway, Houdini’s Suitcase is a highly atmospheric piece of visual theatre that contains live performance, extraordinary puppets, ingenious objects, beautiful contraptions, exquisite lighting and a haunting soundtrack. It has a deeply moving story that contains pathos and comedy and uses a minimum of language. On top of a towering pile of luggage in a deserted railway station an old man waits and remembers. He is Joska Maloth, one time apprentice to the great Houdini. His cases and trunks contain his past. One by one he opens them, and the smell of mothballs pervades the air. As he starts to remember, a macabre carnival of strange yet beautiful characters appear to tell his story – a story of love, loss, ageing, childhood, nights at the circus and the mud soaked trenches of the First World War.

POLI DEGAINE

Cie La Pendue (FR)



MUSEU DA MARIONETA

24 de Maio às 18h e 25 de Maio às 16h


DURAÇÃO
50 minutos

TÉCNICA
Marionetas de luva

PÚBLICO-ALVO
Maiores de 6 anos

IDIOMA
Francês e Português


ENCENAÇÃO E MARIONETISTAS
Estelle Charlier e Romuald Collinet CONCEPÇÃO E CENOGRAFIA Romuald Collinet MARIONETAS Estelle Charlier

A jovem companhia La Pendue reiventa o insolente Polichinelo para nos fazer morrer a rir.

Dois marionetistas ligeiramente perturbados trazem uma arma de hilaridade maciça: desembainham o Polichinelo, a marioneta mais célebre do mundo e preparam-se, com um entusiasmo frenético, para dar o seu espectáculo, mas... como habitualmente, nada se passa como estava previsto.

Bem-vindos ao frenesi desopilante de uma nova versão de Polichinelo, onde este surge no seu carácter mais desenfreante e a um ritmo demolidor, provocando rabanadas de riso que atingem, sem distinção, tanto as crianças como os adultos. Porque o Polichinelo ri de tudo. Mesmo da morte.

Libertário incontornável, Polichinelo, um “velho” com cerca de quatrocentos anos, continua a fazer rir o público e a atrair os marionetistas. Nesta versão totalmente desconjuntada, Poli interrompe mal-humorado a sua sesta, recusa-se a actuar, ofende e mata todos os que o querem obrigar a fazer o seu trabalho: o cão, a galinha, Dame Gigogne, os seus 22 bebés, o polícia, o carrasco, o Diabo e até a própria Morte. Nada feito contra a sua preguiça! Poli manda sistematicamente a todos passear. A recusa ao espectáculo torna-se a razão do espectáculo, os manipuladores acabam manipulados e a confusão define a sua coerência barroca. O ritmo é incrível, a presença fabulosa, a manipulação sem par...

É neste espírito, mas também com uma insolência e uma crueldade assombrosa, que a companhia La Pendue se apoia nesta personagem libertária e incontrolável, para além de uma manipulação absolutamente extraordinária!

Uma cadência infernal, perseguições e corridas frenéticas, cenas de acção de cortar a respiração, quiproquós e imbróglios sem acabar... não, não estou a falar do último filme de Tarantino, é um espectáculo de teatro popular e de marionetas de luva... - Happy Culture, Sène Genobloise

Two puppeteers a little insane are bringing with them a massive weapon of hilarity: they draw Polichinelle, the most famous puppet in the world and, with unbridled enthusiasm, get ready to perform a show of which exceptional qualities they have proclaimed. But, as planned, nothing goes as planned. Welcome to the hilarious frenzy of a new version of Polichinelle where he appears in his most wild outburst, in an explosive rhythm, provoking roars of laughter that strike indiscriminately kids as much as adults. Because Polichinelle laughs at everything. Death included. On a staggering rhythm and with bursts of laughter, the two puppet masters bring alive a dusted-off Polichinelle, and skilfully take us between tradition and modernity. Behind these playful jokes, La Pendue offers, as much to adults as to children, a provocative show with an impudent and unashamed style.